quarta-feira, 21 de maio de 2008

Meteorito Vesta

Meteorito Vesta:
Acredita-se que este meteorito seja uma amostra da crosta do asteróide Vesta, que é o único terceiro objeto do sistema solar, além de Terra, do qual os cientistas têm uma amostra em laboratório (as outras amostras extraterrestres são de Marte e da Lua). O meteorito é único porque é feito quase completamente de mineral pyroxene, comum em fluxos de lava. A estrutura de grãos minerais do meteorito também indica ele foi uma vez fundido, e seus isotopos de oxigênio são isotopos de oxigênio diferentes dos achados em todas as outras pedras da Terra e Lua. A identidade química do meteorito aponta ao asteróide Vesta porque tem a mesma assinatura espectral única do mineral pyroxene.

A maioria dos meteoritos identificados de Vesta estão sob cuidado do Western Australian Museum. Esta amostra de 1,4 libra (631 g) vem do New England Meteoritical Services. É uma amostra completa, que mede 9,6 x 8,1 x 8,7 centímetros (3,7 x 3,1 x 3,4 polegadas), mostrando a crosta de fusão, evidência da última fase em sua jornada para Terra.

Meteorito Marciano

Um Meteorito Marciano:
Este meteorito, chamado EETA 79001, foi achado no gelo da Antártica, e é bastante provável que tenha vindo de Marte. Para comparação, o cubo mais abaixo, à direita, tem 1 centímetro de lado. O meteorito é coberto em parte por uma capa vítrea preta, a crosta de fusão. A crosta de fusão forma-se quando o meteorito entra na atmosfera da Terra a altas velocidades. O aquecimento por atrito aquece a parte exterior do meteorito. De dentro, o meteorito é cinza. É um basalto, bem parecido aos basaltos achados na Terra. Ele formou-se em uma erupção vulcânica, a aproximadamente 180 milhões de anos atrás. Este meteorito é bastante provável que tenha vindo do Marte, porque contém uma pequena quantidade de gás que é quimicamente idêntico à atmosfera marciana.

Meteorito Marciano

Meteorito Marciano:
Embora este meteorito tenha sido coletado em Elefante Moraine, Antártica, em 1979, alguns cientistas acreditam que veio do planeta Marte. Os minerais achados nesta pedra são semelhantes àqueles que os cientistas esperam encontrar em pedras de Marte. Este meteorito também contém vesículas, ou pequenas bolhas, que contêm ar muito parecido com o ar analisado em Marte pela astronaves Viking. Este meteorito tem 180 milhões de anos de idade.

Meteorito férreo

Meteorito férreo:
Este meteorito de ferro foi achado no Pico Derrick, Antártica. Este tipo de meteorito ganhou seu nome porque é principalmente feito de ferro e níquel. Esta amostra provavelmente é um pedaço pequeno do núcleo de um asteróide grande que quebrou-se em pedaços.

Meteorito de Achondrite

Meteorito de Achondrite :
Descoberto no Pico Reckling, Antártica, este tipo de meteorito é conhecido como achondrite. Tem uma composição basáltica, e provavelmente foi formado quando um asteróide derreteu-se a aproximadamente 4,5 bilhões anos atrás. O asteróide se partiu algum tempo depois e este pedaço pequeno do asteróide foi capturado pela gravidade da Terra e caiu ao solo.

Meteorito de Chondrite

Meteorito de Chondrite:
Este meteorito foi coletado nas Colinas Allan [Allan Hills] na Antártica. Meteoritos são pedaços de pedra que são capturadas pela gravidade de um planeta e puxados à superfície. Este meteorito é de um tipo chamado chondrite, e acredita-se que tenha-se formado ao mesmo tempo que os planetas, na nebulosa solar, a aproximadamente 4,55 bilhões anos atrás.

Como classificar meteoritos?

Meteoritos são difícieis de classificar, mas os três maiores agrupamentos são os ferrosos, ferrosos-rochosos, e os rochosos. Os meteoritos mais comuns são chondrites, que são meteoritos rochosos. Datação radiométrica de chondrites os colocou à idade de 4,55 bilhões de anos, que é a idade aproximada do sistema solar. Eles são considerados amostras prístinas de matéria dos primórdios do sistema solar, embora em muitos casos as propriedades deles tenham sido modificadas por processo térmico-metamórfico ou alteração glacial. Alguns meteoritos, cujas propriedades diferem das encontradas em vários chondrites, sugerem a localização na qual eles foram formados. Chondrites Enstatite contêm os elementos mais refratários, e acredita-se que tenham se formado no interior do sistema solar. Acredita-se que as Chondrites comuns, do tipo mais usual que contém tanto elementos voláteis quanto oxidados, tenham se formado no interior do cinturão de asteróide. Acredita-se que Chondrites Carbonados, que tem as proporções mais altas de elementos voláteis, e são na sua maior parte oxidados, tenham se originado em distâncias, ainda maiores, do sol. Cada uma destas classes pode ser ainda subdividida em grupos menores, com propriedades distintas.

Outros tipos de meteoritos que foram geologicamente processados são os achondrites, férreos e pallasites. Achondrites também são meteoritos rochosos, mas são considerados matéria diferenciada ou reprocessada. Eles são formados pelo derretimento e recristalização em, ou dentro de, corpos originais do meteorito; como resultado, achondrites têm texturas e mineralogia distintas, indicativo de processos ígneos. Pallasites são meteoritos férreos rochosos, compostos de olivina no interior do metal. Meteoritos férreos são classificados em treze grupos principais e consistem principalmente de ligas de níquel-ferro, com quantias secundárias de carbono, enxofre, e fósforo. Estes meteoritos formaram-se quando o metal fundido separou-se do silicato, menos denso, e resfriou-se, mostrando outro tipo de comportamento de derretimento dentro de corpos-pai do meteorito. Assim, meteoritos contêm evidência de mudanças que aconteceram nos corpos-pai, dos quais eles foram removidos ou foram quebrados, presumivelmente através de impactos, para serem colocados na primeira de muitas órbitas.

O movimento de meteoróides pode ser perturbado severamente pelos campos gravitacionais dos planetas principais. A influência gravitacional de Júpiter é capaz de redesenhar a órbita de um asteróide do cinto principal, de forma a fazê-lo mergulhar para o interior do sistema solar, e cruzar a órbita de Terra. Este é aparentemente o caso do Apollo e Vesta, fragmentos de asteróide.

Partículas achadas em órbitas altamente correlacionadas são chamadas de componentes de fluxo e aquelas encontradas em órbitas aleatórias são chamadas componentes esporádicos. Acredita-se que a maioria dos fluxos de meteoros são formados pela decomposição de um núcleo de cometa e, por conseguinte, espalhados ao redor da órbita original do cometa. Quando a órbita da Terra cruza um fluxo de meteoro, a taxa de meteoros é aumentada, resultando em uma chuva de meteoros. Uma chuva de meteoros fica tipicamente ativa durante vários dias. Uma chuva de meteoros particularmente intensa é chamada tempestade de meteoros. Acredita-se que meteoros esporádicos tenham perdido gradualmente a coerência orbital devido a colisões e efeitos radioativos, e formam a chuva de meteoros, aumentada por influência gravitacional.
Ainda há algum debate sobre meteoros esporádicos e a relação deles com as chuvas de meteoros.

Meteorito raro

Meteorito raro de 420 kg vai a leilão em Nova York. O leilão, incluirá ainda excremento de dinossauro e presa de mamute.

NOVA YORK - Um pedaço de ferro e níquel incrustado com cristais de olivina, o corpo principal do meteorito Fukang, com cerca de 420 kg, será leiloado pela Bonhams New York. A casa de leilões espera obter um preço de mais US$ 2 milhões pelo espécime, descoberto na China em 2000.

Outros meteoritos também serão vendidos no leilão, juntamente com itens como uma presa de mamute de 30 mil anos, o crânio de um castor gigante e uma pilha de excremento de dinossauro de 1,4 kg que deverá ser arrematada por cerca de US$ 450.

Ibama quer proteger maior cratera da América do Sul

O Ibama de Mato Grosso concluiu e encaminhou a Brasília um relatório que prevê a criação de um "mosaico" de unidades de conservação para proteger a área do domo de Araguainha, a maior cratera de meteorito da América do Sul e a 17ª do mundo. O sítio geológico que abriga o domo --uma referência ao formato abobadado do núcleo da cratera-- está localizado na divisa de Mato Grosso e Goiás e abrange o território de seis municípios.

Dois deles, Araguainha e Ponte Branca (475 km de Cuiabá), foram erguidos dentro da cratera, que tem 40 quilômetros de diâmetro e cuja curvatura só é perceptível se vista de um avião. Geólogos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da USP (Universidade de São Paulo) estimam que o local seja o resultado do choque de um corpo celeste ocorrido há aproximadamente 250 milhões de anos.

O meteorito, segundo eles, tinha até 4 quilômetros de diâmetro, e seu impacto teve potência equivalente à de 28 milhões de bombas nucleares semelhantes à de Hiroshima.

No local, há rochas deformadas que só surgem em eventos dessa magnitude e fragmentos fossilizados de organismos marinhos -no momento do choque, a região era um mar raso.

Além de cidades, a área da cratera --que se estende por 281 mil hectares-- abriga pelo menos 20 cavernas de arenito e já teve 12 sítios arqueológicos identificados. Concentra ainda nascentes de vários formadores do rio Araguaia e espécies da flora e da fauna do cerrado ameaçadas de extinção --como o tamanduá-bandeira, a onça-parda, o lobo-guará e a arara-azul-grande.

Esse patrimônio natural está ameaçado pela exploração inadequada da região. Cercas, pastos e centenas de quilômetros de estradas vicinais também fazem parte do cenário do domo de Araguainha. Além da pecuária e da agricultura intensiva, que já chegaram aos municípios do entorno, o lugar é alvo da ação de carvoarias, que destroem vastas porções das matas nativas da região.

"A remoção da vegetação causa impactos visíveis, como o aumento da suscetibilidade do solo à erosão e o aumento da fragmentação de habitat terrestre", diz um trecho do relatório do Ibama.

"O processo erosivo, facilmente perceptível, pode comprometer a viabilidade ao médio e longo prazos de diversas nascentes e córregos, além de potencialmente alterar significativamente variáveis hidrológicas do rio Araguaia."

Concluído em março deste ano, o documento é o resultado de um extenso levantamento de campo coordenado há quatro anos pelo técnico ambiental José Guilherme Aires Lima, ligado ao ICMBio (Instituto Chico Mendes) e ao Cecav (Centro Nacional de Estudo e Proteção e Manejo de Cavernas). Segundo ele, ainda falta mapear cerca de 50% da área.

"Ainda há muito por descobrir. Mas certamente, por tudo o que pudemos identificar e catalogar até agora, podemos dizer que se trata de um local raro, único e que precisa ser conhecido e conservado", disse.

O estudo propõe a criação de um "mosaico" composto por cinco áreas prioritárias de proteção. Três delas, incluindo a região dos morros formados no núcleo da cratera, seriam constituídas como unidades de conservação --o grau de proteção e as restrições a serem impostas serão estabelecidos em uma segunda etapa do trabalho.

Nos municípios, a idéia causa polêmica. Em Ponte Branca e Araguainha, não falta quem diga que os futuros parques inviabilizarão a já combalida economia dos municípios. Aires Lima, no entanto, acredita que possa ocorrer o inverso.

"São poucos os lugares no mundo que podem dispor de uma riqueza como esta. Além de um campo de pesquisas para ciência e uma área muito relevante para a preservação do cerrado, estamos falando de um potencial imenso para o ecoturismo e o turismo científico. É uma oportunidade única, que não pode ser desprezada", disse Aires Lima.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Por que estudar meteoritos?

Um dos primeiros objetivos ao estudar meteoritos é determinar a história e origem dos corpos que lhes deram origem. Diversas amostras de acondritos, encontradas na Antártida desde 1981, mostram conclusivamente que tiveram origem na Lua tendo como base semelhanças na composição das rochas lunares obtidas pelas missões Apollo de 1969-1972. A origem de outros meteoritos permanece sem comprovação, apesar de se suspeitar que um outro conjunto de oito acondritos terem a sua origem em Marte. Estes meteoritos contêm gases atmosféricos capturados em minerais fundidos que condizem com a composição da atmosfera marciana conforme medida pelas sondas Viking em 1976. Presume-se que todos os outros grupos tiveram origem em asteróides ou cometas; crê-se que a maioria dos meteoritos são fragmentos de asteróides.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Meteoritos são pequenos?

Possuindo um tamanho relativamente pequeno (diâmetro inferior a 50 metros), os meteoritos são fragmentos de corpos sólidos naturais, como asteróides, planetas ou cometas, que se incandescem pelo atrito com o ar e são capazes de chegar à superfície terrestre.

Muitos confundem os conceitos de meteoro, meteoróide e meteorito. Basicamente, meteoróides são fragmentos de corpos celestes que vagueiam pelo espaço. Meteoro é a faixa de luz produzida conforme o fenômeno de passagem dos meteoróides, que se incandescem pelo atrito das partículas de ar. Os meteoritos são meteoróides que conseguem chegar à atmosfera terrestre.

A maioria dos meteoritos se desintegra ao entrar na atmosfera, no entanto, estima-se que cerca de 500 meteoritos de diversos tamanhos consigam atingir a superfície terrestre. Em relação à sua formação, os meteoritos podem ser classificados em pétreos, quando são formados por material rochoso; metálicos, por liga metálica; e siderolitos, compostos por uma mescla de material rochoso e metálico.

Embora a Terra seja bombardeada por vários meteoritos, os impactos desses fragmentos são muito raros. Para alguns, os meteoritos estão diretamente relacionados com o surgimento de vida na Terra, uma vez que, segundo essa visão, a vida se originou fora da Terra e chegou ao nosso planeta sob a forma de esporos. A extinção em massa dos dinossauros há 65 milhões de anos também está ligada aos meteoritos.

O maior meteorito conhecido até hoje é o Hoba West, encontrado próximo de Grootfontein, Namíbia. O mesmo possui 2,7 m de comprimento por 2,4 de largura e tem um peso estimado de 59 toneladas.