quarta-feira, 21 de maio de 2008

Como classificar meteoritos?

Meteoritos são difícieis de classificar, mas os três maiores agrupamentos são os ferrosos, ferrosos-rochosos, e os rochosos. Os meteoritos mais comuns são chondrites, que são meteoritos rochosos. Datação radiométrica de chondrites os colocou à idade de 4,55 bilhões de anos, que é a idade aproximada do sistema solar. Eles são considerados amostras prístinas de matéria dos primórdios do sistema solar, embora em muitos casos as propriedades deles tenham sido modificadas por processo térmico-metamórfico ou alteração glacial. Alguns meteoritos, cujas propriedades diferem das encontradas em vários chondrites, sugerem a localização na qual eles foram formados. Chondrites Enstatite contêm os elementos mais refratários, e acredita-se que tenham se formado no interior do sistema solar. Acredita-se que as Chondrites comuns, do tipo mais usual que contém tanto elementos voláteis quanto oxidados, tenham se formado no interior do cinturão de asteróide. Acredita-se que Chondrites Carbonados, que tem as proporções mais altas de elementos voláteis, e são na sua maior parte oxidados, tenham se originado em distâncias, ainda maiores, do sol. Cada uma destas classes pode ser ainda subdividida em grupos menores, com propriedades distintas.

Outros tipos de meteoritos que foram geologicamente processados são os achondrites, férreos e pallasites. Achondrites também são meteoritos rochosos, mas são considerados matéria diferenciada ou reprocessada. Eles são formados pelo derretimento e recristalização em, ou dentro de, corpos originais do meteorito; como resultado, achondrites têm texturas e mineralogia distintas, indicativo de processos ígneos. Pallasites são meteoritos férreos rochosos, compostos de olivina no interior do metal. Meteoritos férreos são classificados em treze grupos principais e consistem principalmente de ligas de níquel-ferro, com quantias secundárias de carbono, enxofre, e fósforo. Estes meteoritos formaram-se quando o metal fundido separou-se do silicato, menos denso, e resfriou-se, mostrando outro tipo de comportamento de derretimento dentro de corpos-pai do meteorito. Assim, meteoritos contêm evidência de mudanças que aconteceram nos corpos-pai, dos quais eles foram removidos ou foram quebrados, presumivelmente através de impactos, para serem colocados na primeira de muitas órbitas.

O movimento de meteoróides pode ser perturbado severamente pelos campos gravitacionais dos planetas principais. A influência gravitacional de Júpiter é capaz de redesenhar a órbita de um asteróide do cinto principal, de forma a fazê-lo mergulhar para o interior do sistema solar, e cruzar a órbita de Terra. Este é aparentemente o caso do Apollo e Vesta, fragmentos de asteróide.

Partículas achadas em órbitas altamente correlacionadas são chamadas de componentes de fluxo e aquelas encontradas em órbitas aleatórias são chamadas componentes esporádicos. Acredita-se que a maioria dos fluxos de meteoros são formados pela decomposição de um núcleo de cometa e, por conseguinte, espalhados ao redor da órbita original do cometa. Quando a órbita da Terra cruza um fluxo de meteoro, a taxa de meteoros é aumentada, resultando em uma chuva de meteoros. Uma chuva de meteoros fica tipicamente ativa durante vários dias. Uma chuva de meteoros particularmente intensa é chamada tempestade de meteoros. Acredita-se que meteoros esporádicos tenham perdido gradualmente a coerência orbital devido a colisões e efeitos radioativos, e formam a chuva de meteoros, aumentada por influência gravitacional.
Ainda há algum debate sobre meteoros esporádicos e a relação deles com as chuvas de meteoros.

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